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Segurança
Quinta - 11 de Março de 2004 às 06:18
Por: Spy_Pc

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Se as iniciativas da Microsoft e de outras empresas para frear a propagação do spam continuarem prosperando, em breve os internautas terão que pagar por cada e-mail enviado.Se tudo correr bem, pagarão quase nada e poderão, finalmente, ficar livres do lixo eletrônico.

O dinheiro gasto para enviar milhões de e-mails com ofertas relativas a produtos que alongam o pênis, que garantem a satisfação sexual e que apresentam oportunidades para se tornar milionário em poucos dias é muito baixo. Este é o motivo da Microsoft e algumas outras empresas defenderem soluções que passam pelo pagamento de uma taxa mínima para cada e-mail enviado.

Elas sugerem, por exemplo, a criação de um "selo" digital, que precisaria ser comprado e enviado em todas as mensagens eletrônicas, reproduzindo o que acontece com as cartas tradicionais. Para Bill Gates, fundador da Microsoft, esta é definitivamente uma solução contra o spam.

Recentemente, a Microsoft revelou mais detalhes sobre este seu projeto, chamado Penny Black em referência ao selo introduzido na Grã-Bretanha no século XIX e que foi o primeiro método a obrigar o remetente, e não o destinatário, a pagar pela mensagem.

O projeto da MS sugere que o remetente pague a franquia com memória e poder computacional necessários ao PC para o processamento das mensagens. A empresa acredita que esta fórmula causaria um grande transtorno aos spammers, pois eles teriam que utilizar equipamentos cada vez mais sofisticados para ter tanto poder computacional já que enviam milhões de e-mails por dia.

A Goodmail Systems também criou um método para frear o spam que obrigaria os spammers a pagar um preço por cada e-mail enviado. Nesse caso, os internautas individuais e as companhias sem fins lucrativos disporiam de uma cota de e-mails para serem enviados gratuitamente.

No entanto, em um momento no qual o e-mail é utilizado a torto e a direito e ganha terreno sobre o telefone e o correio tradicional, muitos críticos consideram essas propostas uma heresia contrária ao espírito da Internet. As dúvidas e controvérsia vão se amontoando. No caso de cobrança monetária, não está claro onde iria parar o dinheiro arrecadado pelos e-mails nem quem cuidaria dessas contas. Muito menos quem cobraria das empresas.

Além disso, há as questões relativas à censura, à conversão de moedas e aos transtornos derivados da possibilidade de alguma grande companhia decidir gastar US$ 1 mil, por exemplo, para enviar milhões de spams. Bill Gates insiste na viabilidade da proposta. Recentemente previu que em dois anos o problema do spam estará resolvido graças aos métodos que obrigarão os spammers a pagar.

O apoio do presidente da Microsoft pode ser crucial para acabar com esta praga, não só porque com sua fortuna poderia comprar boa parte das companhias que importunam o internauta, mas porque a Microsoft é a dona dos gigantescos serviços de e-mail MSN e Hotmail.

A Microsoft já formou uma aliança com a América Online, a Earthlink e o Yahoo para explorar e coordenar uma estratégia anti-spam, e conta com apoio de especialistas como o editor da news.com, Charles Cooper, que considera esta opção como a "menos ruim". Outros, como o comentarista do Mercury News Mike Langberg, acreditam que não há um remédio mágico capaz de acabar com esta epidemia. Ele aposta em uma combinação de medidas, como leis mais duras e melhores sistemas de filtragem de e-mails.




Fonte: Terra

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