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Segurança
Quinta - 06 de Janeiro de 2011 às 09:00

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A agência de segurança da Comunidade Europeia – Europol – divulgará na próxima sexta (7/1) dados sobre a ameaça de crimes cibernéticos. Junto com o raio X das atividades de hackers, crackers e cia, a polícia vai dizer de que forma pretende combater a atividade desses criminosos.

À frente das investigações, o homem escolhido para frustrar as atividades do cibercrime na Comunidade Europeia, Rob Wainwright, afirma não haver fronteiras nesse tipo de atividade e que, se for para combater efetivamente as hordas digitais, irá precisar de recursos quase ilimitados. “Os crimes cibernéticos não são limitados a regiões geográficas. Alguém na Alemanha pode, tranquilamente, se atacado por um hacker em uma parte remota do mundo. Se quisermos dar conta da prevenção desse tipo de crime, vamos precisar de todos os esforços disponíveis”, alerta.

O tamanho do prejuízo
Dados da McAfee, empresa de segurança digital, dão conta do prejuízo causado anualmente: mais de um trilhão (1.000.000.000.000) de dólares, o equivalente a 5 milhões carros populares – a frota de uma cidade grande –  por ano.

Atualmente existem aproximadamente 150 mil vírus digitais em circulação. Essas pragas conseguem infectar, em média, 148 mil PCs ao dia.

Banda larga e infra-estrutura
O raciocínio é espantoso, mas a excelente infra-estrutura de internet na União Europeia é a principal culpada por esses números. Conexões com sistemas bancários são absolutamente corriqueiras em plataformas móveis e são justamente o segmento que concentra o maior número de invasões e furtos de identidade. A rápida disseminação de tecnologias móveis em smartphones, laptops e tablets também contribui para que arquivos infectados se espalhem por todos os cantos da internet no velho continente. Esses dispositivos, aliás, viram armas de poder destrutivo sem precedentes nas mãos de cibercriminosos. Se, antes eles precisavam de estruturas físicas complexas e de difícil remoção, agora o cenário mudou: três pessoas com laptops fazem o que antes demandava uma sala com cinco servidores dedicados.

As armas
Para dificultar a vida dos ciberpiratas, a Europol criou um departamento especialmente voltado a prever de onde os próximos ataques devem vir e como identificá-los em tempo. Batizado de iOCTA, o departamento procura identificar uma miríade de crimes diferentes, incluindo pedofilia, atividades terroristas, fraudes eletrônicas – todos cometidos com o uso da infovia digital. Cada tipo de crime demanda por um antídoto diferente, e a iOCTA já avisou que vai precisar de cooperação entre as nações.

Atualmente, a Europol providencia suporte investigativo e analítico aos Estados da União Europeia com base em bancos de dados com informações sobre cibercriminosos. Neste momento, duas plataformas colaborativas estão em fase de desenvolvimento e devem impulsionar o alcance das investigações. Uma delas, um sistema de informação de crimes cibernéticos online (ICROS) e um fórum digital que vai reunir especialistas em internet e perícia batizado de IFOREX. Juntos, os sistemas devem consolidar informações sobre atividades criminosas e fomentar a capacitação das forças policiais.

Nuvem e redes sociais
O relatório também dará conta dos riscos que as autoridades veem na computação em nuvem. A Europol quer incentivar a adoção de medidas de segurança por parte dos provedores de cloud computing. “O sucesso dos provedores de computação em nuvem é diretamente proporcional ao seu investimento em sistemas de segurança”, informa a Europol.

Na mira do iOCTA, as redes sociais serão intensamente investigadas e não serão medidos esforços para informar aos seus usuários sobre os riscos associados.

Sobre esse tema, a McAfee informa que – desavisados ou não – aproximadamente 70% dos jovens que participam das comunidades digitais informam sua localização geográfica quando acessam as redes. A divulgação da localização geográfica é justamente uma das maiores preocupações, por sinalizar a eventual ausência dos lares – um convite para ladrões.

Por outro lado, as redes sociais são uma fonte de informações que permite colher dados para inteligência no combate ao crime cibernético.





Fonte: IDGNOW

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