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Antivírus
Quarta - 15 de Março de 2006 às 14:46
Por: Birkoff

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Chips baratos de transmissão de dados via ondas de rádio e que substituem os consagrados códigos de barra são uma ameaça à privacidade e são suscetíveis a vírus de computador.A afirmação foi feita hoje por cientistas de uma universidade da Holanda.

Pesquisadores da Free University de Amsterdã criaram um chip de identificação por rádio frequência (RFID) infectado com um vírus para provar que a tecnologia é vulnerável, apesar da extremamente baixa capacidade de memória que possui.

O problema é que um chip RFID - que começa a ser usado pelo varejo para etiquetar produtos em estoque - infectado pode desordenar um banco de dados que processa a informação contida no chip, afirma o estudo elaborado por Melanie Rieback, Bruno Crispo e Andrew Tanenbaum.

"Todo mundo que trabalha com tecnologia RFID tem assumido tacitamente que o mero ato de ler a informação de uma etiqueta RFID não é suficiente para modificar o software do sistema de uma maneira maliciosa. Infelizmente eles estão errados", disseram os cientistas na pesquisa. "Uma etiqueta RFID pode ser infectada com um vírus e o vírus pode infectar o banco de dados usado pelo software que processa as informações do chip. A partir daí ele pode facilmente se espalhar para outras etiquetas RFID", disseram os cientistas.

Como resultado, é possível que criminosos ou militantes usem uma etiqueta RFID contaminada para desordenar sistemas de bagagem de uma companhia aérea com consequências devastadoras, afirmaram os estudiosos. A mesma tecnologia pode ser usada para comprometer bancos de dados de supermercados, por exemplo.

"Isso (o estudo) é um alerta. Nós pedimos à indústria RFID para projetar sistemas que sejam seguros", disse Tanenbaum em entrevista por telefone.

A Internet das coisas
A tecnologia RFID tem sido considerada como a "Internet das Coisas", com a qual grande número de produtos podem ser rastreados por meio das etiquetas que transmitem informações por ondas de rádio.

Grupos de defesa de liberdades civis afirmam que a tecnologia pode criar uma invasão de privacidade inaceitável e argumentam que informações de bilhetes de companhias aéreas poderiam ser usadas por autoridades governamentais.

A rede Metro, maior varejista da Alemanha, informou durante a feira de tecnologia CeBIT, a maior do mundo, que planeja economizar 8,5 milhões de euros (US$ 10,1 milhões) por ano ao usar a tecnologia RFID para acompanhar estoques.

O custo para se produzir uma etiqueta RFID é de cerca de 14 centavos de euro atualmente e há necessidade de redução desse valor, informou o diretor de tecnologia da Metro, Gerd Wolfram. O diretor da divisão de serviços e soluções da Intel para a Europa Central, Ian Furlong, informou durante a CeBIT que o preço das etiquetas RFID está "rapidamente caindo para a marca de 5 centavos de euro".

E Andrea Huber, do Informationsforum RFID, grupo alemão que busca esclarecer o público sobre a tecnologia, afirma que a maior parte das empresas está esperando que o preço das etiquetas caia para 1 centavo de euro antes de adotar o sistema em grande escala.




Fonte: Reuters

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