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Segurança
Terça - 14 de Dezembro de 2010 às 14:53

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Para aumentar a segurança no uso de caixas eletrônicos, alguns bancos vêm obrigando seus correntistas a informar, além da senha, algum tipo de código de acesso – com números ou letras. Para um cliente com conta em três bancos, isso significa ter de decorar até seis senhas diferentes.

Desde novembro, contudo, os correntistas do Banco do Brasil passaram a utilizar, nos caixas eletrônicos, apenas uma dessas senhas – o código de acesso, com letras e sílabas – para efetuar operações, como saques. As operações em terminais de ponto de venda continuam exigindo senha numérica.

“A senha numérica deixou de ser exigida nos caixas eletrônicos justamente para protegê-la de mau uso em outros canais”, explica o gerente executivo da unidade de gestão de segurança do Banco do Brasil, Luiz Fernando Martins.

Adicionalmente, o fim da exigência de duas senhas também fez com que a operação do caixa eletrônico ficasse mais rápida, acrescenta Martins.

Chupa-cabras
O gerente explica que, eventualmente, golpistas instalam equipamentos (conhecidos como chupa-cabras) nos caixas eletrônicos, para copiar o conteúdo dos cartões e obter suas senhas.

Algumas vezes, os criminosos chegam a instalar câmeras ocultas para filmar a sequência digitada pelo cliente. “Temos cerca de 43 mil terminais hoje e seria muito difícil vigiá-los todos”, diz.

Ao todo, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o País tem cerca de 173 mil caixas eletrônicos.

O uso de equipamentos de clonagem de cartão e de roubo de senhas afeta até mercados mais desenvolvidos, como o dos Estados Unidos e o da Europa.

Em alguns Estados dos EUA, patrulhas chegam a inspecionar postos de gasolina de beira de estrada para procurar por equipamentos de clonagem - que, em alguns casos, transmitem os dados aos criminosos por redes Wi-Fi e celular.

Martins explica que a senha de maior valor para os golpistas é a senha numérica, porque ela é exigida no caso de compras no varejo ou no acesso ao Internet Banking.

Já o código de acesso com letras se baseia na associação de cada tecla lateral do caixa a uma lista de cinco letras ou sílabas diferentes, o que dificulta sua decifração por eventuais golpistas, afirma o gerente.

Senha segura
O uso combinado de letras e sílabas, em vez de apenas letras, também ajudou a tornar o código de acesso mais seguro, detalha o banco.

Em alguns casos de adulteração de caixa eletrônico, diz Martins, os golpistas chegam a embutir uma tela dentro da máquina, para fazer com que o correntista digite sua senha diretamente no computador dos bandidos.

“Para deduzir o código, os golpistas induziam o cliente a fazer a transação. Quando ele digitava a sequencia das letras, a máquina dava uma menasgem de erro e pedia a redigitação”, explica. Com isso, eles conseguiam descobrir o código.

O “pulo do gato” do Banco do Brasil, segundo Martins, foi usar a Teoria dos Conjuntos para criar um subconjunto diferente de códigos possíveis para cada cliente, com 25 letras ou sílabas.

“Cada cliente tem seu próprio conjunto de símbolos. Com isso, o caixa [que tiver uma tela adulterada] não vai exibir as letras que aquele determinado cliente tem de digitar”, diz o gerente.

Martins não forneceu números sobre a redução de golpes, mas garantiu que já foi possível sentir a diferença. “Percebemos uma brutal redução nas perdas reclamadas por fraude em outros canais”, diz.





Fonte: IDG NOW

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