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Sexta - 19 de Maio de 2006 às 17:09
Por: escritor

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A Borland anunciou que prepara a venda de toda sua divisão de ferramentas para desenvolvimento de software no mundo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (17), em São Paulo, pelo vice-presidente senior de vendas globais da empresa, Matthew Thompson.

Mattew comunicou que num prazo de 60 a 90 dias, a empresa concluirá reestruturação global que vai dividir a companhia em duas.

Uma parte, que continuará sob o nome de Borland, cuidará especificamente de negócios ligados à consultoria de software, certificações e focará seu negócio em estratégias para maximizar o valor dos aplicativos produzidos por seus clientes.

Toda a divisão que cuida das vendas e desenvolvimento das linguagens que fizeram a história da companhia, como Delphi, a ferramenta Jbuilder e de banco de dados Interbase fará parte da nova empresa, sem nome definido, que será vendida.

”Fomos procurados por vários grupos de investimento interessados em nossa divisão de ferramentas de desenvolvimento. São linguagens fantásticas e com alto poder de gerar negócios”, disse Mattew. O novo proprietário dessa divisão e o nome que terá essa empresa ainda não foram definidos, disse o executivo.

A reestruturação vale para todos os países onde a Borland atua e afetará as operações da empresa no Brasil. De acordo com o diretor comercial e de marketing da Borland Brasil, José Eugênio Braga, poucos funcionários da Borland serão deslocados para a nova empresa que cuidará especificamente de negócios com ferramentas de desenvolvimento. ”Temos uma equipe de 160 profissionais no Brasil e uma parte minoritária dela é composta por desenvolvedores”, disse Braga.

Para o presidente da Borland Brasil e diretor para a América Latina, José Rubens Tocci, a divisão “faz todo o sentido” na medida em que a empresa atende cada vez mais “dois públicos muito distintos, com necessidades diferentes”.

“A Borland quer concentrar seus negócios em conversar com CEOs, em apresentar planos de como eles podem melhorar seus aplicativos, ganhar mercado, fazer crescer as exportações. Queremos ajudá-los a economizar recursos e otimizar investimentos no desenvolvimento de suas tecnologias", disse Tocci.

”Já a nova companhia quer conversar com gerentes de TI, programadores e gente que deseja saber detalhes de nossas linguagens. A nova companhia poderá atender muito melhor os desenvolvedores”, diz Tocci.

Atualmente, cerca de 60% do faturamento global da Borland concentra-se em negócios de consultoria e governança de TI e assessoria para certificações. Os demais 40% ficam com a divisão de desenvolvimento, licenças e suporte às linguagens como Delphi. No Brasil, essa relação é 50% a 50%.

A reestruturação da empresa e a venda da divisão de softwares no mundo todo tem forte impacto sobre a marca Borland, desde sua fundação, nos anos 80, ligada às linguagens Delphi. O anúncio, no entanto, não chegou a surpreender agentes do mercado.

As recentes aquisições da Borland de companhias de consultoria e gestão eram vistas como indício de que a companhia mudaria seu foco de negócios. Em 2005, a Borland comprou a TeraQuest (consultoria para certificação CMM/CMMI) e Legadero (gerenciamento e governança de TI). Este ano, a empresa comprou a Gauntlet Systems e Segue Software, ambas empresas focadas em suporte ao desenvolvimento de softwares.


Fonte:INFO Online




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